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A Cáritas Portuguesa está a acompanhar, através da rede internacional da Cáritas, a situação dramática vivida na Turquia e Síria, provocada pelo terramoto de magnitude 7,8 que no dia 6 de fevereiro, provocou a marte a mais de 45 mil pessoas e deixou um rasto de destruição incalculável. A rede Cáritas está já no terreno a apoiar a população.

O terramoto aconteceu na madrugada do dia 6 de fevereiro, no sudeste da Turquia e da Siria, e neste momento a principal preocupação da rede Cáritas é garantir uma resposta rápida e em segurança para os sobreviventes e para os milhares de desalojados.

As equipas da Cáritas nos dois países estão no terreno, em articulação com as entidades locais, para prestar assistência às vítimas e a confederação Caritas Internationalis está a apoiar e a coordenar os esforços de toda a rede para avaliar as necessidades e prestar a devida assistência às pessoas afetadas por esta tragédia.

Toda a ajuda para reforçar a atuação da Cáritas no terreno deverá ser canalizada para o fundo de emergências internacionais da Cáritas Portuguesa: IBAN PT 50 0033 0000 01090040150 12

O terremoto atingiu áreas já em situação humanitária difícil e as duras temperaturas do inverno e a destruição ou graves danos a estruturas – incluindo vários hospitais – e estradas complicam ainda mais as operações humanitárias.

Turquia

Na Turquia, as províncias do sudeste do país, incluindo Kahramanmaraş, Hatay, Osmaniye, Adıyaman, Gaziantep, Şanlıurfa, Diyarbakır, Malatya e Adana foram afetadas pelo terremoto e 42 tremores secundários, o maior dos quais foi de magnitude 6,6.

A região da Diocese da Anatólia foi fortemente afetada pelo terremoto. A Catedral de Iskenderun desabou totalmente e os escritórios e espaços da Cáritas foram fortemente danificados. “Graças a Deus a equipe está bem, mas perdemos voluntários, beneficiários e até parentes”, diz o gerente de programa da Cáritas Turquia, que estava na Itália no momento do terremoto junto com o presidente da organização e agora está de regresso à Turquia.

A equipa de emergências teve uma reunião de coordenação com a Agência de Gestão de Desastres da Turquia (AFAD) para recolha de toda a informação e o Gabinete Diocesano alertou toda a população para não se aproximarem da área e seguirem as indicações dadas pelas entidades oficiais. A Caritas Turquia abriu imediatamente uma linha direta do Centro de Escuta para fornecer apoio e assistência às pessoas afetadas pelo desastre, e atualmente está a organizar a  sua resposta humanitária. Além disso, as equipas da Caritas têm reunido os deslocados em espaços seguros e tentam distribuir algumas refeições quentes e roupas.

Síria

Desde 1995 este foi o terremoto mais forte que a Siria já vivieu. Atingindo o norte de Liwa’ Iskenderun em geral, enquanto as áreas próximas ao terremoto em Idlib, Lattakia e Aleppo foram as mais afetadas. O Diretor da Caritas Síria explica que “na Síria, o terremoto afetou fortemente o noroeste da Síria, uma área onde 4,1 milhões de pessoas dependem da ajuda humanitária”. Cerca de 5.000 deslocados, a maioria mulheres e crianças, encontraram abrigo em escolas e salões. As mortes e feridos registrados continuam a aumentar à medida que a busca por pessoas desaparecidas entre os escombros de prédios e casas destruídas continua. Os hospitais em algumas das áreas mais atingidas estão sobrecarregados.

A Caritas Síria está a monitorizar a situação no terreno gerindo as restrições no fluxo de informações devido a frequentes interrupções nas telecomunicações e à falta de energia. Os danos de infraestrutura são difíceis de avaliar neste momento e as estradas estão bloqueadas no noroeste da Síria. As equipas da Cáritas esforçam-se para fornecer itens de socorro e abrir abrigos para acomodar os mais necessitados em Aleppo, Hama e Lattakia. “Está muito frio e continua a chover e a nevar. Muitos perderam as suas casas e mesmo aqueles que ainda têm casa não podem regressar.”

A Confederação Cáritas e nela a Cáritas Portuguesa, estão unidos nos seus esforços e a trabalhar de forma articulada para prestar assistência humanitária aos mais necessitados e pede o apoio contínuo e as orações da comunidade internacional para aliviar o sofrimento das pessoas na Síria e na Turquia neste momento.