Mensagem do Presidente da Cáritas Diocesana no início da Eucaristia pela Paz
10 Milhões de Estrelas – um gesto pela paz – 19 de Dezembro de 2009
É com muita alegria que a Cáritas Diocesana celebra com a Comunidade Paroquial de Nossa Senhora de Monserrate a cerimónia dos 10 Milhões de Estrelas – Um gesto pela Paz.
No início desta Eucaristia quero saudar o nosso Bispo, o sucessor dos Apóstolos entre nós, diocesanos de Viana do Castelo. A sua presença, Sr. D. José Augusto, é para nós, voluntários da Cáritas Diocesana, um estímulo para prosseguirmos com a missão que nos destinou, na prática da CARIDADE e do AMOR AO PRÒXIMO.
Vamos rezar pela Paz, no prosseguimento do programa das cerimónias dos 10 Milhões de Estrelas. Juntamente com os nossos irmãos de outras Dioceses, vamos pedir a Deus um mundo mais justo e humano, onde a justiça e a concórdia se sobreponham à violência, às desigualdades e à devastação dos nossos princípios éticos e morais.
Ao adquirirmos a vela que será acesa em nossas casas na Noite de Natal é, simbolicamente, o nosso desejo de colaborar na construção da PAZ no mundo. É também, a expressão da nossa vontade solidária de ajudar o nosso semelhante mais necessitado, principalmente aquele que, no decorrer deste ano, ficou sem meios de subsistência, vítima da grande vaga do desemprego.
A chama da PAZ, que será levada para o altar no Ofertório, foi benzida em Fátima, no passado dia 6 de Dezembro, perante os representantes de todas as Cáritas Diocesanas de Portugal.
No final desta cerimónia, quem desejar, poderá aí acender a sua vela, com o propósito de transpor para os seus lares a chama da paz, da solidariedade e do amor.
O Natal é a quadra do ano em que, espontaneamente, despertam em nós comportamentos solidários de ajuda ao próximo e de procura do lado bom e mais belo da vida.
A festa do Natal, naqueles que o celebram com seriedade, permite-lhes contemplar, na singeleza do Presépio de Belém, gestos de paz, de justiça, de amor e verdade.
A Festa do Nascimento do Menino Deus poderia ser um crescendo para uma nova Humanidade.
Desta forma, o Natal seria o fermento de uma força a caminho de um Mundo melhor!
Mas nem sempre é assim que o homem pensa.
Os ventos que sopram, apesar das grandes descobertas na área do conhecimento e do intercâmbio de recursos, tem promovido maiores desigualdades, agravando o fosso entre pobres e ricos, deixando muitas famílias no desemprego e abandono.
A crise é desculpa para tudo.
Só não desculpa a ganância do lucro fácil e a angústia de muitos ao verem que, a troco de uns míseros cêntimos, a sua entidade patronal quer sobrecarregar o horário de trabalho, impedindo-os do convívio e da presença no seio das suas famílias.
Vinte por cento da humanidade, controla e gere os bens terrenos em seu proveito e benefício próprio. Esquecem-se que há muitas crianças sem o mínimo de condições de sobrevivência, muitos idosos caídos no esquecimento e abandono, muitos homens e mulheres desanimados e sem objectivos, a engrossarem o caudal da nova pobreza.
Oiçamos o que diz o nosso Bispo na sua mensagem:
“É Natal – tempo de comunhão e partilha, de purificação dos nossos desvarios, egoísmos e indiferenças; mas também de abertura aos valores maiores, à esperança, à solidariedade, à prática do bem comum, à manifestação de reconhecimento e carinho com os que nos são mais caros …”
Poeticamente contemplemos a ternura do Presépio.
Lá longe, bem ao longe, parece-nos ouvir o toque dos sinos de Belém e o coro dos Anjos a cantarem:
NASCEU JESUS O NOSSO SALVADOR!
GLÓRIA A DEUS NAS ALTURAS E PAZ NA TERRA AOS HOMENS DE BOA VONTADE
UM SANTO NATAL E FALIZ ANO NOVO!